Aquela era sua região. Fazia dela o que queria. Em um instante, instalava a democracia, mas horas depois voltava com a ditadura. Não pensava duas vezes antes de matar qualquer ser menor que ele e que considerava de outra espécie.
Seu principal concorrente -não necessariamente oponente- e com ideais bem parecidos se auto-exilou. Aproveitou um convite de um fugitivo para conhecer outros impérios e, quem sabe, aprender novas artimanhas.
A região e seu ditador não temiam terremotos. Apenas as avalanches davam um pouco de dor de cabeça. Mas nem isto ele fazia, o grande e poderoso chefe de estado, perder o domínio sobre seus comandados. Ali ele era rei, imperador, ditador, presidente, primeiro-ministro. Ele também fazia o papel de juiz. Sem cerimônia ou demoras jurídicas, resolvia rápido qualquer problema de seus cidadãos. Quando os cidadãos provocavam com zumbidos, ele apelava para jatos de gás mortífero. Em seu território e sem seu concorrente por perto, ele comandava até mesmo na luz da região. Quando queria, poderia escurecer em um estalo de dedos. Ou deixar tudo tão claro que até ardia os próprios olhos. Não era raro as vezes que vasculhava cada centímetro de seu território para saber se seu concorrente não havia deixado nada escondido. Em várias delas, encontrou instrumentos de guerra nos cantos do território rival. Cada vez que isto acontecia, ele soltava um berro de felicidade.
Mas era aí que começava o seu único problema. O grito chamava a atenção justamente dela. Uma mistura de Antonio Carlos Magalhães, Laurent Kabila e de George Bush. Afinal, essa pessoa é quem realmente detinha todo o poder na região e nas redondezas. Ela, a mãe.
- Vai arrumar toda esta bagunça ou vou ter que jogar tudo dentro de um caixote? E vou ter que mandar quantas vezes você abaixar o volume do som e parar de ficar berrando? E já falei para não ficar mexendo no armário do seu irmão. É só ele passar um tempo fora que você faz bagunça no quarto inteiro. Às vezes me pergunto que se você tivesse um pai aqui faria essa zona toda!
O poder, ah o poder. Ele é efêmero, já diria um grande filósofo. Principalmente quando a mãe está por perto.
Seu principal concorrente -não necessariamente oponente- e com ideais bem parecidos se auto-exilou. Aproveitou um convite de um fugitivo para conhecer outros impérios e, quem sabe, aprender novas artimanhas.
A região e seu ditador não temiam terremotos. Apenas as avalanches davam um pouco de dor de cabeça. Mas nem isto ele fazia, o grande e poderoso chefe de estado, perder o domínio sobre seus comandados. Ali ele era rei, imperador, ditador, presidente, primeiro-ministro. Ele também fazia o papel de juiz. Sem cerimônia ou demoras jurídicas, resolvia rápido qualquer problema de seus cidadãos. Quando os cidadãos provocavam com zumbidos, ele apelava para jatos de gás mortífero. Em seu território e sem seu concorrente por perto, ele comandava até mesmo na luz da região. Quando queria, poderia escurecer em um estalo de dedos. Ou deixar tudo tão claro que até ardia os próprios olhos. Não era raro as vezes que vasculhava cada centímetro de seu território para saber se seu concorrente não havia deixado nada escondido. Em várias delas, encontrou instrumentos de guerra nos cantos do território rival. Cada vez que isto acontecia, ele soltava um berro de felicidade.
Mas era aí que começava o seu único problema. O grito chamava a atenção justamente dela. Uma mistura de Antonio Carlos Magalhães, Laurent Kabila e de George Bush. Afinal, essa pessoa é quem realmente detinha todo o poder na região e nas redondezas. Ela, a mãe.
- Vai arrumar toda esta bagunça ou vou ter que jogar tudo dentro de um caixote? E vou ter que mandar quantas vezes você abaixar o volume do som e parar de ficar berrando? E já falei para não ficar mexendo no armário do seu irmão. É só ele passar um tempo fora que você faz bagunça no quarto inteiro. Às vezes me pergunto que se você tivesse um pai aqui faria essa zona toda!
O poder, ah o poder. Ele é efêmero, já diria um grande filósofo. Principalmente quando a mãe está por perto.
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