- Você quer levar um teco, mano?
- Quero.
- Rapa, acho que você não entendeu. Ce tá me zuanu?
- Não, eu disse que quero, mas não na cabeça ou no coração. Pode ser de raspão, tipo no braço ou perna?
- Como é qui é, mano?
- É, para saber como é levar um tiro.
- Mano, você é louco ou tá me tiranu?
- Nem. Só pra ver como é.
- Mano, vou te deixar aí e sair daqui rapidinho. Não quero mais nada seu, não. Onde eu fui me meter?
Ao chegar em casa, o rapaz jogou o revólver de plástico no riacho cheio de lixo que passa perto e foi procurar emprego. No boteco, contou a história para a rapaziada. Ninguém botou fé.
No escritório, passou a ter que aturar o apelido de Floresti Gampi. “É a puta que o pariu!”, gritava. Porém, em vão. (leia mais sobre o Beterraba em cena 3)
Comentários
Tipo Law & Order, nos episódios baseados em casos reais!
Boa e chupa Beterraba, mais uma vez!