Dorival era um marido, um pai e um síndico perfeito. A não ser por uma única coisa.
- Mas é melhor não comentar na frente de todo mundo. Assim, ninguém precisa ficar sabendo, dizia Lucinha, sua mulher.
Tudo o que ela pedia, Dorival fazia.
- Benhê, vamos ao cinema hoje?
- Amor, vamos ao teatro? Ou melhor, vamos ao cinema de novo hoje?
- Bê, vamos jantar fora?
- Dodô, vamos?, dizia, batendo com a palma da mão sobre o colchão.
Com ele não tinha erro. Dorival nem reclamar, reclamava. Devia ser o cara mais pacato do mundo. A única coisa que ele não gostava, mas também não chiava, era quando Lucinha teimava em trocar de canal bem na hora do futebol.
Tudo ia bem, até o dia em que bateu com o dedinho esquerdo do pé na ponta da cama. Dorival ficou louco. Esperneou, gritou, rolou na cama, pulou... Enfim, como diz na gíria: teve seus cinco minutos de macho.
Lucinha, na hora, se assustou. Mas o susto passou depois de Dodô se acalmar ao pôr gelo no local machucado. O estranho foi que naquela noite Lucinha teve problemas para dormir. Ficou com a imagem de Dorival gritando sem parar. Para tentar recuperar o sono, deu uma volta pela casa. Tomou leite quente, chá, mas nada adiantava. Até que resolveu tomar um banho gelado.
E foi assim também no segundo, terceiro, quarto até o 19º dia. Depois de tudo, principalmente com o sono restabelecido, as coisas voltaram a sua naturalidade. Até o dia que Dorival bateu o mesmo dedinho no mesmo lugar.
Lucinha não teve dúvidas. Trancou a porta do quarto, agarrou o marido e ficaram por lá por cinco minutos berrando juntos.
- Foram os melhores cinco minutos de minha vida, disse Lucinha, já visualizando na vez que Dorival bater o dedinho do pé direito, mas agora na mesa da sala...
- Mas é melhor não comentar na frente de todo mundo. Assim, ninguém precisa ficar sabendo, dizia Lucinha, sua mulher.
Tudo o que ela pedia, Dorival fazia.
- Benhê, vamos ao cinema hoje?
- Amor, vamos ao teatro? Ou melhor, vamos ao cinema de novo hoje?
- Bê, vamos jantar fora?
- Dodô, vamos?, dizia, batendo com a palma da mão sobre o colchão.
Com ele não tinha erro. Dorival nem reclamar, reclamava. Devia ser o cara mais pacato do mundo. A única coisa que ele não gostava, mas também não chiava, era quando Lucinha teimava em trocar de canal bem na hora do futebol.
Tudo ia bem, até o dia em que bateu com o dedinho esquerdo do pé na ponta da cama. Dorival ficou louco. Esperneou, gritou, rolou na cama, pulou... Enfim, como diz na gíria: teve seus cinco minutos de macho.
Lucinha, na hora, se assustou. Mas o susto passou depois de Dodô se acalmar ao pôr gelo no local machucado. O estranho foi que naquela noite Lucinha teve problemas para dormir. Ficou com a imagem de Dorival gritando sem parar. Para tentar recuperar o sono, deu uma volta pela casa. Tomou leite quente, chá, mas nada adiantava. Até que resolveu tomar um banho gelado.
E foi assim também no segundo, terceiro, quarto até o 19º dia. Depois de tudo, principalmente com o sono restabelecido, as coisas voltaram a sua naturalidade. Até o dia que Dorival bateu o mesmo dedinho no mesmo lugar.
Lucinha não teve dúvidas. Trancou a porta do quarto, agarrou o marido e ficaram por lá por cinco minutos berrando juntos.
- Foram os melhores cinco minutos de minha vida, disse Lucinha, já visualizando na vez que Dorival bater o dedinho do pé direito, mas agora na mesa da sala...
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