- Não está mais dando para suportar. Vim aqui para me divertir, pode ficar sossegada sem o estresse do dia-a-dia, sem agüentar meu chefe mala e olha só o que eu sou obrigada a ver.
- O que que foi minha amiga?
- Pô, sabe o que é trabalhar a semana inteira que nem uma louca, suportar todos os tipos de reclamação, pegar trânsito infernal e ainda chegar em casa e ver o chuveiro queimar? Pois é, se não bastasse tudo isto, agora me acontece isto justo na minha frente.
- Mas do que é que você está falando afinal?
- Carol, viemos aqui para nos divertir, certo?
- Certo.
- Quando você me chamou para podermos dançar um sambinha, conversar e tomar uma cervejinha, certo?
- Certo.
- Ok, as perguntas são retóricas. Não precisa ficar respondendo.
- Ok, desculpa eu...
- Tá vendo, já estou até descontando em você.
- Você não quer me contar?
- O lugar aqui é grande, então por que justamente esta mulher veio parar bem aqui na nossa frente.
- Mas o que é que tem? Ela dança bem, não?
- O que é que tem? Não percebe que ela está nos humilhando. Olha como ela dança, olha o rebolado, e ainda com esta sainha curtinha com o corpo bem definidinho. Pô, vai dançar assim lá no inferno! Eu não aceito ser desrespeitada desta maneira. Não tenho culpa se não sei dançar direito, que tenho um gingado de porta dinamarquesa. Eu quero esta mulher longe de mim. Se ainda fosse uma mulata, que cresceu no samba, eu até que agüentava. Mas é uma branca azeda e loira. E nem loira tingida ela é!
- Calma, calma, Drica!
- E já sei o que vou fazer. Vou passar a mão na bunda dela, daí ela vai ficar putinha, achar que estou dando em cima dela e vai sair de perto.
- Como é que é?
- É isto mesmo. Imagina se fosse com você. Você não iria ficar brava e sair de perto, achando que a mulher é lésbica? Então, é isto que vou fazer!
Dois minutos depois...
- Ei, por que você vai embora justo agora que ela saiu de perto?
- Era, mas é que assim que dei um tapa na bunda dela, ela olhou e me perguntou se eu não queria sair com ela amanhã.
- E você, o que você fez? Mandou ela para aquele lugar, não foi?
- Dei meu telefone...
- O que que foi minha amiga?
- Pô, sabe o que é trabalhar a semana inteira que nem uma louca, suportar todos os tipos de reclamação, pegar trânsito infernal e ainda chegar em casa e ver o chuveiro queimar? Pois é, se não bastasse tudo isto, agora me acontece isto justo na minha frente.
- Mas do que é que você está falando afinal?
- Carol, viemos aqui para nos divertir, certo?
- Certo.
- Quando você me chamou para podermos dançar um sambinha, conversar e tomar uma cervejinha, certo?
- Certo.
- Ok, as perguntas são retóricas. Não precisa ficar respondendo.
- Ok, desculpa eu...
- Tá vendo, já estou até descontando em você.
- Você não quer me contar?
- O lugar aqui é grande, então por que justamente esta mulher veio parar bem aqui na nossa frente.
- Mas o que é que tem? Ela dança bem, não?
- O que é que tem? Não percebe que ela está nos humilhando. Olha como ela dança, olha o rebolado, e ainda com esta sainha curtinha com o corpo bem definidinho. Pô, vai dançar assim lá no inferno! Eu não aceito ser desrespeitada desta maneira. Não tenho culpa se não sei dançar direito, que tenho um gingado de porta dinamarquesa. Eu quero esta mulher longe de mim. Se ainda fosse uma mulata, que cresceu no samba, eu até que agüentava. Mas é uma branca azeda e loira. E nem loira tingida ela é!
- Calma, calma, Drica!
- E já sei o que vou fazer. Vou passar a mão na bunda dela, daí ela vai ficar putinha, achar que estou dando em cima dela e vai sair de perto.
- Como é que é?
- É isto mesmo. Imagina se fosse com você. Você não iria ficar brava e sair de perto, achando que a mulher é lésbica? Então, é isto que vou fazer!
Dois minutos depois...
- Ei, por que você vai embora justo agora que ela saiu de perto?
- Era, mas é que assim que dei um tapa na bunda dela, ela olhou e me perguntou se eu não queria sair com ela amanhã.
- E você, o que você fez? Mandou ela para aquele lugar, não foi?
- Dei meu telefone...
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