Chegou o meu dia. O tão esperado dia. É hoje que vou chegar à glória. Tudo aquilo com que sempre sonhei. Fortuna, piscinas, cascatas, muitas comida boa e principalmente uma quantidade enorme de mulheres. E todas virgens!
Agora, é eu respirar tranquilamente e pegar o próximo ônibus. Sim, tem de ser o próximo porque é o que estará cheio. Assim, consigo o maior respeito possível na comunidade. Não vejo a hora de ver todas as minhas virgens!
O ônibus chegou. Preciso ser o mais natural possível. Tenho de controlar a respiração. Isto, muito bem. Subo as escadas, pago a corrida e olho o ônibus lotado. Não é bem lotado, mas está bem cheio. Peço licença para chegar o mais próximo possível do meio. Só tenho de tomar cuidado com a mochila para não acionar a bomba antes da hora. Pronto. Passo por vários soldados em pé me posiciono onde preciso. Resta apenas o ônibus entrar no centro e, na esquina mais movimentada, eu tomo a providência e corro para o abraço para as minhas virgens. Será que elas já estarão nuas?
Putz, que trânsito mala! E pra piorar, ou melhorar, entraram ainda mais soldados no ônibus. Claro! Hoje é domingo, o dia que mais soldados estão nas ruas, porque é quando voltam aos quartéis e escritórios militares. E é justamente por isto que este é o dia, o meu dia! Calma! Já sinto que posso começar a suar. Acho melhor pensar em outra coisa para não mostrar que tenho uma bomba. Oba, um soldado abriu o jornal do meu lado. Vou xeretar como quem não quer nada para passar o tempo.
Show! Ele abriu o caderno de esportes. Adoro esta parte. Será que as virgens também curtem futebol? Olha, escreveram sobre o Ronaldinho. Este cara bate um bolão. Fez o Barcelona ganhar a Liga dos Campeões e agora vai para a Copa do Mundo. Será difícil algum país bater o Brasil. E tomara que o Brasil ganhe. É um país de gente pobre como o meu e que é fanática por futebol. Eu, modéstia à parte, bato um bolão, sou um dos melhores da guerrilha. Sou, não, era, porque já não jogarei mais na equipe. Mas tudo bem. O meu prêmio vai valer a pena. Será que no paraíso tem um campinho de futebol? E será que vai dar para acompanhar Copa de lá? As virgens gostam de futebol?
Epa, é melhor eu voltar ao mundo real. O ônibus está perto da rua. Tenho de me concentrar. É o meu dia! Olho para o outro lado para esquecer do Ronaldinho e vejo vários soldados. Muitos dormindo, outros só curtindo o MP3. Coisa de ocidentais! Nojentos! E ainda tem uns três rindo. E alto! Rindo do quê? Mal sabem eles o que vai acontecer em instantes!
Faltam dois quarteirões e o trânsito está intenso. Agora é a hora que tenho de ter mais tranqüilidade. As virgens já devem estar no portão me esperando. Quê? Tem alguém me cutucando nas costas. Não pode ser, estou bem próximo do objetivo. Olho para ver quem é e vejo uma moça branquinha, com cabelos bem pretos, nariz fino, pele bem cuidada, de olhos escuros, com roupa civil, falando uma língua desconhecida. Digo que não entendo nada do que está falando, mas ela insiste. Nossa, como está perfumada. Pelo jeito ela não é daqui. OK. Tenho de ser rápido. A minha missão está próxima. Meu ponto final e de todos os outros aqui está chegando. Eis que ela fala um nome de uma rua. Ah, agora entendi. Ela quer saber em qual ponto tem de descer para chegar onde precisa. Explico que é no próximo, justamente o meu ponto. Mas ela terá de pegar outro ônibus para chegar onde precisa. Mas como vou dizer isto a ela se eu não sei falar a língua dela e ela não entende direito a minha? Meu Deus! E olha só o sorriso dela, que perfeição! Ela insiste com uma carinha de cachorro abandonado para que eu tente explicar como fazer. Será que minhas virgens serão como ela?
Acho melhor não pagar para ver. Desço com a perdidinha do ônibus, deixo a minha mochila no primeiro lixo que vejo e ofereço a ela uma Coca. Entro no primeiro restaurante e ainda divido um falafel. Entre uma e outra mordida, olho na televisão um compacto com as melhores jogadas do Ronaldinho. É, que se fodam as virgens!
Agora, é eu respirar tranquilamente e pegar o próximo ônibus. Sim, tem de ser o próximo porque é o que estará cheio. Assim, consigo o maior respeito possível na comunidade. Não vejo a hora de ver todas as minhas virgens!
O ônibus chegou. Preciso ser o mais natural possível. Tenho de controlar a respiração. Isto, muito bem. Subo as escadas, pago a corrida e olho o ônibus lotado. Não é bem lotado, mas está bem cheio. Peço licença para chegar o mais próximo possível do meio. Só tenho de tomar cuidado com a mochila para não acionar a bomba antes da hora. Pronto. Passo por vários soldados em pé me posiciono onde preciso. Resta apenas o ônibus entrar no centro e, na esquina mais movimentada, eu tomo a providência e corro para o abraço para as minhas virgens. Será que elas já estarão nuas?
Putz, que trânsito mala! E pra piorar, ou melhorar, entraram ainda mais soldados no ônibus. Claro! Hoje é domingo, o dia que mais soldados estão nas ruas, porque é quando voltam aos quartéis e escritórios militares. E é justamente por isto que este é o dia, o meu dia! Calma! Já sinto que posso começar a suar. Acho melhor pensar em outra coisa para não mostrar que tenho uma bomba. Oba, um soldado abriu o jornal do meu lado. Vou xeretar como quem não quer nada para passar o tempo.
Show! Ele abriu o caderno de esportes. Adoro esta parte. Será que as virgens também curtem futebol? Olha, escreveram sobre o Ronaldinho. Este cara bate um bolão. Fez o Barcelona ganhar a Liga dos Campeões e agora vai para a Copa do Mundo. Será difícil algum país bater o Brasil. E tomara que o Brasil ganhe. É um país de gente pobre como o meu e que é fanática por futebol. Eu, modéstia à parte, bato um bolão, sou um dos melhores da guerrilha. Sou, não, era, porque já não jogarei mais na equipe. Mas tudo bem. O meu prêmio vai valer a pena. Será que no paraíso tem um campinho de futebol? E será que vai dar para acompanhar Copa de lá? As virgens gostam de futebol?
Epa, é melhor eu voltar ao mundo real. O ônibus está perto da rua. Tenho de me concentrar. É o meu dia! Olho para o outro lado para esquecer do Ronaldinho e vejo vários soldados. Muitos dormindo, outros só curtindo o MP3. Coisa de ocidentais! Nojentos! E ainda tem uns três rindo. E alto! Rindo do quê? Mal sabem eles o que vai acontecer em instantes!
Faltam dois quarteirões e o trânsito está intenso. Agora é a hora que tenho de ter mais tranqüilidade. As virgens já devem estar no portão me esperando. Quê? Tem alguém me cutucando nas costas. Não pode ser, estou bem próximo do objetivo. Olho para ver quem é e vejo uma moça branquinha, com cabelos bem pretos, nariz fino, pele bem cuidada, de olhos escuros, com roupa civil, falando uma língua desconhecida. Digo que não entendo nada do que está falando, mas ela insiste. Nossa, como está perfumada. Pelo jeito ela não é daqui. OK. Tenho de ser rápido. A minha missão está próxima. Meu ponto final e de todos os outros aqui está chegando. Eis que ela fala um nome de uma rua. Ah, agora entendi. Ela quer saber em qual ponto tem de descer para chegar onde precisa. Explico que é no próximo, justamente o meu ponto. Mas ela terá de pegar outro ônibus para chegar onde precisa. Mas como vou dizer isto a ela se eu não sei falar a língua dela e ela não entende direito a minha? Meu Deus! E olha só o sorriso dela, que perfeição! Ela insiste com uma carinha de cachorro abandonado para que eu tente explicar como fazer. Será que minhas virgens serão como ela?
Acho melhor não pagar para ver. Desço com a perdidinha do ônibus, deixo a minha mochila no primeiro lixo que vejo e ofereço a ela uma Coca. Entro no primeiro restaurante e ainda divido um falafel. Entre uma e outra mordida, olho na televisão um compacto com as melhores jogadas do Ronaldinho. É, que se fodam as virgens!
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