Não acelera, Rubinho!


Você já criticou alguma vez o Rubinho? Nem que tenha sido de leve? Mas agora eu pergunto: você já passou por uma situação igual ao do piloto? Alguma vez você saiu na frente (mas na frente mesmo) em alguma coisa, com um equipamento em bom estado, mas viu ser ultrapassado por meio mundo, baixinhos, gordinhos, altas, loiras ou bundudas? Sentiu o que é ver só nuca?

Pois é uma situação esquisita ainda mais para quem sempre gostou de ficar à frente dos outros na rua. Quando falo rua, é rua mesmo, não no trabalho ou na vida pessoal: é no trânsito, no metrô ou nas calçadas do centro...
No trânsito sempre tive uma sensação boa de ficar na primeira fila, vendo os pedestres passando, com aquele apetite de engolir cada um deles, mesmo sabendo que em no máximo dez metros teria que parar de novo em algum semáforo não sincronizado ou simplesmente no mundo de carros à sua frente.
E correr para pegar o próximo trem do metrô e entrando na campainha (literalmente), mesmo sabendo que em no máximo cinco minutos um outro vai chegar?
No centro de São Paulo, então, quantas vezes não acelerei o passo pelo simples desejo inconsciente apenas de andar rápido?Rápido, aliás, foi a última coisa que eu fui na corrida de dez quilômetros pela USP e nas proximidades do parque Villa-Lobos do último domingo. E como eu me senti? Muito bem, mas muito bem mesmo, até porque terminei a prova. E olha que diante de 25 mil pessoas, eu larguei quase que na primeira fila (devia ter no máximo 150 na frente) e acabei na 11.000ª posição. Ultrapassei uns três passando mal, dois no passo e acho que só. Mas daí que eu percebi como foi bom ser um Rubinho por pelo menos 1 hora e 6 minutos. Só faltou mesmo eu ter os mesmos zeros antes da vírgula no salário. E menos dores nas coxas...
Crédito foto: Fotojump/ZDL

Comentários

FAFÁ disse…
e acelera pq domingo tem mais
o_argentino disse…
Que beleza! Casal maratonista???