18 centavos

Se você quer contribuir com a natureza, com a ecomodinha, eu respeito. Eu respeito muita coisa, até os que não misturam doce com salgado sem ao menos nunca terem experimentado. Mas, por favor, respeitem o que resta de inteligência neste pobre cliente/blogueiro.



Supermercados paulistanos pararam de fornecer sacos plásticos desde o último aniversário da cidade. Daí pedem para você levar a sua ecobag (se é que é eco mesmo) e até chegam a pedir para você levar seus produtos em caixas de papelão.



Parênteses deste sacal blogueiro: uso caixa há um bom tempo. Não porque sou ecolegal (não sou eco e nem legal, diga-se). É porque é muito mais prático de carregar seus produtos. Se você mora ou morou em um lugar sem elevador, entende isto perfeitamente. Fim do parênteses.



Mas eis que você descobre, e não é de hoje, que é bem raro os supermercados terem caixas de papelão. Sim, aquelas caixas que eles usam das empresas que fornecem os produtos e que não pagam absolutamente nada por elas.



E qual é a solução para você que não tem e nem quer ter ecobag, até porque normalmente não vai entrar todas as compras nela?



1) Se vira



2) Leve tudo separadamente e, quando chegar em sua casa, se vira



3) Compra a sacolinha plástica do mercado



Agora sim. Agora sim eu entendi que a inteligência do cliente foi respeitada como um saco furado.
Deixa eu desenhar para ver se entendi: você não dá mais sacolinhas mas vende cada uma que tem qualidade pior do aquela que você ‘dava’ por 18 centavos? Ou seja, você não só não baixou os preços dos produtos, não deu aumento para os funcionários não melhorou seu atendimento como agora resolveu cobrar por sacolinhas de plástico, aquelas mesmas que você disse que estava tirando de circulação para melhorar o ecomundo?



Quem ouve as reclamações, e não vem sendo poucas, são as caixas. As caixas físicas, as caixas pessoas. Estas até saem chorando de suas cadeiras depois de aguentar sem socorro (de gerente ou dono, claro) o desaforo de um cliente que percebeu que sua inteligência foi negligenciada e resolveu atacar a pobre moça que é obrigada a oferecer a 18 centavos o saco plástico.



Para completar o desrespeito ao que restou da minha inteligência só falta dizer que a diferença para um mundo melhor (leia-se menos plastificado) custa 18 centavos.



Pela matemática, então, fechamos assim:



Sacolinha de plástico grátis = mundo sujo
Caixa de papelão quando tem = mundo legal
Ecobag ou sacolinha de plástico paga = mundo legal

Comentários

Anónimo disse…
Dani, faço suas minhas palavras!
Aí o Pão...ops um grande supermercado "oferece" (VENDE)uma Ecobag proveniente do Vietnã, sabemos bem como td acontece por lá, ao serem questionados, alegam que somente uma parte é de lá as outras são confecionadas aqui.E nós somos os "Bozo" da vida.
Angelita